Dionisos e Penteu
Sobre a Gênese Mitológica do Fascismo (O Mito de Dionisos e Penteu)
Quando Dionisos retorna à Tebas, encontra no poder, seu primo Penteu, militar, general, arrogante, reprimido, violento. Penteu ordena a prisão de Dionisos e suas mulheres sacerdotisas, As Bacantes e Mênades, reprime o carnaval, a festa, a orgia pública, tão ancestral, tão necessária à saúde mental das coletividades. Em sua arrogância, Penteu é advertido que ele não pode ir contra os Deuses e as tradições, que os castigo é o esquizo-destroçamento-mental-frênico, aqueles que não dançam em honra de Dionisos são punidos com a loucura e a destruição.
O General Penteu não escuta, já está semi-consciente embebido em sua arrogância ignorante da tradição. Os soldados trazem Dionisos preso para a cadeia pública. Ele invoca suas Bacantes para dançar furiosamente e derrubar os prédios públicos, Dionisos é liberado com a demolição dos prédios. Penteu finalmente é abalado em sua arrogância, Dionisos então o enfeitiça, faz com que ele se vista de mulher e o leva para dentro do Coro das Bacantes e o denuncia à suas sacerdotisas. Estas que estão tomadas pelo Delírio Dionisíaco do vinho e da mágica, identificam o Penteu como um Leão a ser sacrificado em honra do Deus, em especial, a própria mãe de Penteu, Agave, irmã de Sêmele, que participa do rito enquanto sacerdotisa, ela própria ajuda a matar por despedaçamento o próprio filho e leva sua cabeça de volta para Tebas para mostrar a todos o troféu do sacrifício religioso. No fim do mito, Agave recobra a consciência em horror de seus atos, Dionisos retorna e expulsa toda a família de Tebas, a primeira cidade, condenado-os ao exílio.
Moral da história: quem vai contra as tradições populares é castigado com as forças inconscientes da loucura. Uma cidade que não dança está doente.
Nossos governantes estão engolidos pelo arquétipo de Penteu, e contra eles só a força eterna de Dionisos, só as forças eternas da loucura poderão conte-los. Através da cultura, da dança, da música, da poesia e do teatro podemos revelar esse mito, proclamar a opressão e acelerar o esquizo-destroçamento-mental-frênico desses verdadeiros inimigos públicos que graças a sua corrupção e doença ocupam avidamente as posições de poder político. Dionisos é o Deus da coletividade, do extase coletivo. Como ficou chato ser moderno, decidi ficar eterno. Evoé Dionise-se!